terça-feira, 11 de outubro de 2011

Ai...

Ai os amigos que eu tenho. Às vezes dá-me para pensar nos amigos que tenho e fico deslumbrada. Sei que todos dizem que os seus amigos é que são os melhores, mas garanto-vos, que os meus, corações puros e verdadeiros, são os maiores. Os meus amigos suportam meses de distância. Semanas de silêncio. Noites mal dormidas. Jantares salgados ou insonsos, conforme o humor. Bebedeiras de caixão à cova com direito a declarações de amor de fazer corar as pedras da calçada. Atrasos de 2 horas. Aturam a minha Margot mesmo sendo alérgicos a felinos. Suportam o meu mau feitio; e compreendem o meu silêncio. Cuspo-lhes verdades que mais ninguém se atreve e mesmo assim não arredam pé. Ninguém tem amigos iguais aos meus. Penso neles diariamente e nunca lhes telefono: gosto de pensá-los assim, meus, só meus, em silêncio. Só tenho amigos verdadeiros, amigos do peito. Tudo o resto são conhecidos - os indiferentes; e, os conhecidos de quem não gosto, são filhos da puta. É simples. Mas sei os meus amigos todos. Sei-os de trás para a frente, de cima para baixo. Sei que os posso abraçar quando quiser. E sei que eles sabem que o meu ombro é um lugar de paz. Tenho amigos de à 20 anos e de à 2 meses e por Deus, que os vou ter até aos 90.   

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