segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Os meus adultinhos são os melhores...


“Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem
não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma em escravo do
hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem
não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou
não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita um paixão, quem prefere
o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento
de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam
o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos
tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está
infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo
incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo
menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem abandona um projecto antes
de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre
que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples
facto de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos
um estágio explêndido de felicidade”.

PABLO NERUDA.


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