segunda-feira, 15 de outubro de 2012

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Uma amiga disse-me que estava grávida...

e eu chorei.

Sinto sempre picadas no coração quando ouço falar deste assunto. Não consigo evitar imaginar um cataclismo à boa forma bíblica.

Mais um traço...

Este blog tem andado meio cinzento portanto vou dar-lhe umas pinceladas de néon

A nova Procuradora-Geral da República.

Ainda não me tinha apercebido que íamos trocar de Procurador Geral... Ufa! estava a ver que o Pinto Monteiro não saía dali. Depois da entrevista dele ao expresso a 4 de Outubro tive a real noção do perigo que esta alma pode provocar. Com todas as criticas que agora colocou em livro é caso para perguntar: "Mas por onde andou o menino nos últimos 6 anos? Andou lá a fazer o quê?" Ainda bem que não estava disposto a ficar nem mais um dia. Agradecemos a prontidão. Agora temos uma mulher. Não a conheço mas agrada-me que seja presidente da direcção da APAV. Agrada-me que tenha conhecimento destas matérias. E a meu ver o que faz falta são mulheres a tomar decisões. "Girls, we run this motha'fucker!!"

O livro que acabei de ler.

"O I Ching não oferece provas nem resultados: não faz alarde de si nem é de fácil abordagem. Como se fosse uma parte da natureza, espera até que o descubramos. Não oferece nem fatos nem poder, mas, para os amantes do autoconhecimento e da sabedoria - se é que existem -, parece ser o livro indicado. Para alguns, seu espírito parecerá tão claro como o dia; para outros, sombrio como o crepúsculo; para outros ainda, escuro como a noite. Aqueles a quem ele não agradar não têm por que usá-lo, e quem se opuser a ele não é obrigado a achá-lo verdadeiro. Deixem-no ir pelo mundo para benefício dos que forem capazes de discernir sua significação."

C. G. Jung

 Imagem daqui.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Dia Mundial dos Animais



Dois dos meus animais preferidos em momentos de lamechice. Margot teve direito a 70 gr de comida hoje. Vá.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Imperdível.



Descobri o video aqui.

300 euros bem gastos...

... na manutenção do Tamagochi. Substituíram tubos e mais tubos, correias, filtros, óleos, cenas no motor, escova do vidro traseiro. Ainda não tenho dinheiro para a solfagem e neste Inverno ainda me esperam vidros abertos a baixas temperaturas, mas o fofo está ligeiro, ligeiro. Devagar se vai ao longe e ainda vou ter este menino artilhado. Mais um pouco e saía da NORAUTO num Porsche. Mas ele faz amanhã 22 anos e merecia uma prenda à altura.

Não percebo essa histeria com os feriados nacionais.

Tanta conversa e perda de energia por causa de um assunto de merda. São só desculpas para não mudarem rigorosamente nada nos seus comportamentos e atitudes. É que não querem alterar um pentelho. Se calhar não precisamos mesmo mudar nada. Se calhar estamos mesmo bem é assim, exactamente como estamos. Se calhar não consigo mesmo continuar neste país, inserida nesta sociedade. Se calhar eu é que estou errada e o melhor que posso fazer é seguir o ditado "quem está mal, muda-se". Acabaram-se os jornais por hoje. Vou só ver o fofinho do Gaspar e depois nada de notícias. Começo a borbulhar.

Acho uma pena as pessoas, nesta altura do campeonato, manifestarem-se através das greves.

Amanhã, véspera de feriado nacional, a CP, a Metro e a Rodoviária vão fazer greve. Tem quatro dias de descanso e espero que o façam da melhor forma. Lamento que para tentarem conseguir o que querem tenham de prejudicar milhares que não tem qualquer culpa do que quer que seja - tirando a culpa geral que todos temos na degradação da nossa sociedade . Acho triste. Se calhar, quando um dia mais tarde, nas vicissitudes da vida, eles precisarem do apoio dos milhares, os milhares também se vão estar a borrifar para eles. Ou não. Seria bom que de repente as pessoas enlouquecessem e se começassem a preocupar verdadeiramente umas com as outras. Na base do "hoje eu, amanhã tu". A fazer pelos outros aquilo que gostariam que fizessem por eles. Isso, sim, seria uma revolução bem diferente. E bem bonita.

Vão chamar-me de tola...

Mas o que eu não dava para estar na ilha quando o Nadine passar. No continente as "tempestades" parecem sempre coisa para boi dormir. No Açores o vento é vasto e ensurdecedor; a chuva parece que encosta o céu à terra; e uma tempestade lembra-nos toda a nossa existência. Sinto-me sempre assoberbada com o mau tempo do Atlântico Norte: deixa-me sempre mais viva.

Com tanto post seguido cheira-me que só volto aqui daqui a um mês.

...

BUJANGASANA - Postura da Cobra



Ontem voltei à prática. E quando fiz esta postura o peito parecia que se ia abrir. Mas no bom sentido. Ler como se executa aqui.

Pormenores interessantes dos meus dias como desempregada

330 ml de Coca-Cola tem exactamente 35gr de açucar. Doze cubos dos abaixo ilustrados. Doze. Dá para fazer uma torre. Numa latinha. Nunca mais beberei a "àgua suja do capitalismo".

Foto daqui.

Tenho um novo despertador

Antes de adormecer concentro-me na hora a acordar. E penso nas razões que tenho para o fazer: a 5 minutos da hora "marcada" abro os olhos. Simples.

Vou dormir.

Já estou com o bicho... da "Febre dos Fenos"

Descobri o blog à pouco e agora não o consigo largar... 

Tenho um amigo que quase só me procurava para isto.


Hoje enervei-me a sério.

Depois de passar 10 kg de roupa acalmei-me.

U - U

Lá está coruja novamente.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Estava à procura de umas fotografias na net para ilustrar umas receitas que fiz este fim-de-semana e toda a gente ficar a saber o que me encheu a pança e descubro que a minha "chef" preferida foi acusada de plágio em 2011.

Aparte este pormenor as iguarias foram:

Creme de ervilhas com hortelã (de comer tudo e lamber o prato!)
Granola Dourada (que com o Outono fica tão bem)
Bolo de Chocolate (sexta-feira às 23h e come-lo quente, a fumegar com um copo de leite frio)
Hambúrgueres de grão e queijo feta (que ainda não provei porque foram para o congelador para emergências)
Fatias de espinafre, feta e tomate (para aproveitar queijo feta já quase amarelo)

Eu cá não sei se ela plagiou ou não. A verdade é que todas, todas as receitas que faço do "Dias com Mafalda" resultam maravilhosamente bem e babo-me com tudo...

Vou postar aqui um texto que descobri do blog "Febre dos Fenos" e que acho brilhante.


"Como diz uma colega minha este post "até manda ventarola"

Só tenho feito posts de merda sobre coisas de merda porque tenho a cabeça demasiado cheia de coisas importantes, e quando estou na fossa ou tenho coisas a preocupar-me rodeio-me de cor-de-rosa e de florzinhas, a ver se passa, a ver se puxo a coisa para cima, mas tá difícil, estou a ler o "Humilhação e glória" da Helena Vasconcelos e apetece-me gritar com as pessoas, apetece-me acordar toda a gente à chapada, que porra de mundo é este, as coisas que ainda se fazem às mulheres no séc. XX, cobrem se com burkas ou apedrejam-se com palavras por aparecerem nuas em revistas, é só papel, gente, é só papel couché, a nudez não tem nada de errado, uma mulher pintar-se e querer parecer bonita não tem nada de errado, porque é que discutir sapatos é fútil e porra do futebol não é, se eu mandasse nesta merda nacionalizava a porra dos passes dos jogadores de futebol, são tão ou mais burros que as meninas que aparecem na playboy e correm atrás de uma bola como as crianças, não descobrem a cura para o cancro, isso não tem mal nenhum, mas não insultem as meninas que querem ser bonitas, não insultem as pessoas que querem ser amadas, não me venham com conversas de futilidade que futilidade é julgar o doce pelo frasco, e não se ponham a chamar de puta como se isso fosse insulto, puta devia ser elogio, as putas aguentam coisas que nenhum de vós aguentaria, as putas aguentam coisas que vos poriam a chamar pelas mamãs, as putas têm o meu completo respeito, vida fácil o caralho, vida fácil é inscrever-se numa juventude partidária e tirar o curso pelo correio, vida fácil é viver à custa do dinheiro dos outros sem fazer nada por isso, eu carrego esta cruz da educação que os meus pais me deram, de ser honesta e de não desejar mal aos outros, mas hoje isso é demasiado pesado para carregar, e por gostar tanto de uma coisa dá-me mais vontade de abandoná-la do que vê-la degradar-se, se eu tivesse nascido no séc. XIX era apelidada de bruxa porque penso e falo, se as pessoas prestassem atenção aos exemplos que dão provavelmente deixavam de ser tão exigentes com os outros e passavam a exigir mais de si próprios, se as pessoas se vissem filmadas em vídeo, se lhes esfregassem na tromba os dejectos daquilo que dizem e fazem, como se faz aos cães para os treinar talvez aí morressem de vergonha e renascessem melhores pessoas, estou farta de ser desconsiderada por ser mulher, farta da falta de respeito e da prepotência de pressuporem que há coisas que eu devo fazer e maneiras que eu devo ter por ser mulher, e esta merda toda dá-me vómitos e corrói-me de ácido as entranhas e dá-me vontade de partir para a violência, as injustiças meu deus, a crueldade vinda de quem devia ter inteligência para perceber a fragilidade do outro, não me importo que achem que sou burra desde que me tratem com respeito, enoja-me a superioridade intelectual que agride, enoja-me a superioridade religiosa que despreza, enojam-me os clichés do se é rico é mau, se é bonita é burra, toda a gente sempre cheia de pressa de julgar o outro e metê-lo numa gavetinha, tu és xixi, tu és cocó, não passam de um estádio infantil, não se enxergam, reclamam da crise e depois comportam-se como se a crise fosse só para eles, os outros que se fodam, as mulheres que trabalham 16 horas por dia para sustentarem filhos que os maridos abandonaram, e os patrões delas que se acham tão superiores, que lhes exigem salamaleques e cabeça baixa, que as obrigam a tornarem-se invisíveis, nem bom dia nem boa tarde, não existem aquelas mulheres, os corações dos sem coração deviam explodir de falta de uso, as gravatas deviam apertar-lhes as gargantas até sufocarem, esses cabrões de fato, a coisa tá agreste, digo e repito tu não és mais que os outros porque tens um canudo, um carro, uma casa ou uma empresa, estou farta de faz de conta, as pessoas deviam-se ajudar e unir, ter compaixão, mas é o salve-se quem puder, cada um para seu lado, só exigem, exigem, exigem dos outros e não dão nada, não dão nem o benefício da dúvida, e depois vem o Natal e dão esmola aos pobrezinhos e batem no peito com a mão, nasceu jesus, e vão à missa e papam hóstias e pagam o dízimo e compram prendas para oferecer a pessoas de que não gostam e de quem estão sempre a falar mal e fazem assim sempre sem questionar o que fazem, ninguém os ensinou a pensar, acham que os livros enfeitam bem as prateleiras, que as universidades são centros de emprego e que o conhecimento deve ser operacional, de que serve o homem ir a marte, de que serve estudarmos o cosmos, o que interessa é um emprego a vender tapetes, os tapetes são úteis, aprendem a vocação de capacho porque nunca aprenderam a pensar, a história, a filosofia e a arte não servem para nada, a cultura não serve para nada, são pessoas sem memória, sem pensamento e sem beleza, condenadas a cometer todos os erros do passado, porque não estudaram história, condenadas a não se entenderem nem entenderem o outro porque não sabem o que é a filosofia, condenadas a não perceberem a beleza, indivíduos sem pinga de sentido crítico, grunhos, hooligans que tomam partido sem saber porquê, que defendem coisas que não compreendem apenas porque pensam que isso lhes poderá trazer algum benefício no futuro, eu estou enojada, enojada, enojada destas crianças artificiais que não se sabem relacionar com as pessoas, que só vivem para os ecrãns, que não sabem conversar, comunicar, que vivem alheadas da realidade em redomas de interactividade virtual, sem afectos, sem abraços, que não reconhecem o outro, que acham que o normal é as pessoas não terem pêlos em lado nenhum, que o normal é ter mamas e pilas grandes, que o normal é não cheirar mal, não suar, não cagar, que o normal é uma banda desenhada da vida, estão todos tão longe, tão longe da natureza, a natureza tão maltratada, tão subjugada pelo artificial que temo que aqui onde estamos, neste ponto da humanidade apenas uma tragédia, um desastre natural, um cataclismo seja suficiente para nos pôr no nosso devido lugar. E eu não sou melhor nem pior que os outros. Amén."

Coloquei a bold a frase que penso ser uma das mais bonitas que li na vida. Vi os meus ataques de ira tão bem descritos que li o texto várias vezes em voz alta... Mais um pouco e já esbracejava doida. Muito bom.